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Sepex 2025: inovação e troca de saberes marcam projetos apresentados na Expotec/Exposup

Publicado: Sexta, 17 de Outubro de 2025, 16h41 | Última atualização em Sexta, 17 de Outubro de 2025, 16h42 | Acessos: 290

Centenas de projetos distribuídos em 73 estandes no Pátio Azul da Unidade Maracanã estão abertos à visitação até esta sexta-feira (17), durante a Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) 2025 do Cefet/RJ. Os trabalhos integram a Expotec e a Exposup – apresentações de projetos e/ou protótipos de equipamentos desenvolvidos por estudantes do ensino médio/técnico e do ensino superior. As iniciativas abrangem diversas áreas do conhecimento, desde inovações tecnológicas até ações voltadas para o desenvolvimento humano, promovendo a troca de saberes e a construção coletiva de soluções para a sociedade.

Um dos projetos que mais chamam a atenção é o barco desenvolvido pelo projeto de extensão SolMar Celeris, que reúne alunos da graduação e é coordenado pelo professor Péricles dos Santos. O monocasco é movido a energia solar por meio de uma placa fotovoltaica, que alimenta a bateria e aciona o motor. A embarcação pesa 200 quilos e foi construída com fibra de vidro, madeira e revestida com resina. “Nosso barco ficou pronto na última segunda-feira, a tempo de participar da Sepex. Em breve, faremos o teste de flutuabilidade no clube náutico de São Gonçalo e esperamos que ele esteja pronto para participar de competições nacionais a partir do ano que vem”, contou Talita Bastos, aluna de Engenharia de Produção da Unidade Maracanã e integrante do projeto.

Barco movido a energia solar foi construído a partir do objetivo de desenvolver soluções sustentáveis e eficientes para benefício da sociedade e do meio ambiente

Bem menor e mais leve, mas não menos atrativo, um robô inteiramente construído com peças de Lego encontra-se logo no estande em frente. Adaptado com sensores que detectam gestos como acenos e sorrisos, ele responde com expressões básicas como “oi” e “tchau”. O robô foi  desenvolvido pelo estudante do curso técnico integrado ao ensino médio em Informática Daniel Dull, integrante do projeto “Robótica Educacional com Lego Mindstorms”, coordenado pelo professor Fábio Paschoal Júnior. Aluno do 3º ano, Daniel já conquistou diversas medalhas em olimpíadas nacionais e, atualmente, dá aulas de robótica para outros estudantes do ensino médio. “Estou saindo da instituição no fim do ano e quero compartilhar o que aprendi com os próximos que vão ficar. Senão, pra mim, não faz muito sentido”, completou o estudante.

Robô construído exclusivamente com peças de lego possui sensores que reagem à interação com humanos

Mas não são apenas os veteranos que desenvolvem projetos interessantes. Quinze alunos do 1º ano do ensino médio/técnico em Mecânica construíram um braço robótico capaz de carregar pequenas cargas e acionar interruptores, além de um sensor de frequência cardíaca e um carregador de celular – tudo isso em apenas alguns meses. Os jovens fazem parte do projeto Grila 2.0 e desenvolveram esses equipamentos utilizando tecnologia Arduino. “Eu não tinha conhecimento nenhum em mecânica até entrar no projeto, mas sempre adorei montar e desmontar coisas desde pequenininha. Estou gostando muito de aprender e sonho em cursar Engenharia no futuro”, disse Leila Batalha, uma das oito meninas que participam do projeto.

Em menos de um ano, alunos do primeiro ano do curso técnico em Mecânica desenvolveram vários projetos usando a tecnologia Arduino

Além das diversas ferramentas tecnológicas, a Sepex também reúne trabalhos de outras áreas do conhecimento, como o projeto “(Com)Viver: identidades e sexualidades juvenis”, coordenado pela professora Cristiana Valença. A iniciativa acolhe estudantes LGBTQIAPN+ que buscam orientação e apoio, promovendo, ao longo do ano, atividades e rodas de escuta voltadas para a conscientização sobre diversidade. A jovem Maria dos Santos, aluna do curso técnico em Eventos, conheceu o projeto na Sepex 2023, quando ainda nem era estudante do Cefet/RJ e visitava a exposição. “Achei a proposta muito interessante, porque, além de promover a diversidade, o projeto atua em outras causas importantes, como o combate ao machismo”, afirmou. Um dos trabalhos desenvolvidos foi a criação de um dicionário de verbetes, que ajuda pessoas leigas a conhecerem termos relacionados à identidade de gênero, à sexualidade e à diversidade de forma acessível.

Projeto “(Com)Viver: identidades e sexualidades juvenis” acolhe estudantes LGBTQIAPN+ e realiza atividades que visam conscientizar sobre o respeito à diversidade

A diretora de Extensão do Cefet/RJ, Renata Moura, destacou a potência da integração entre ensino, pesquisa e extensão durante o evento. Para ela, essa troca com a comunidade externa torna a experiência significativa e inesquecível para os participantes, funcionando como uma jornada formativa que marca a trajetória dos estudantes.

A cerimônia de premiação dos projetos da Expotec e da Exposup da Unidade Maracanã será realizada ainda nesta sexta-feira (17), no Auditório 1, a partir das 16h.

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